quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Arapiraca acolhe mulheres vítimas de violência doméstica



A programação da campanha “Agosto Lilás” está se encerrando, mas não a luta de combate e prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher. Em Arapiraca, há um órgão municipal que acolhe, cuida e orienta a vítima. É o Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAMSV), que funciona no bairro Alto do Cruzeiro.
Maria Aline (nome fictício), 34 anos, conhece as atividades do CRAMSV. Na verdade, ela não só conhece, mas é assistida pela equipe do órgão. Há dois anos, após uma sequência de cenas de violência, promovidas pelo seu companheiro, se encheu de coragem e buscou ajuda. Hoje, ela se enxerga diferente e fala sobre a sua experiência como um alerta a outras mulheres que vivem situação semelhante.
“Eu acredito que compartilhar a minha história possa alertar outras mulheres para os riscos de uma relação abusiva. Sei que não é fácil admitir. Na verdade, no meu caso, eu não conseguiria encarar sozinha a situação, vencer a depressão e curar as dores físicas e emocionais, se não fosse o apoio dos profissionais do CRAMSV”, declarou Maria Aline.
Ela conta que o tempo de convivência com o parceiro foi curto, apenas seis meses. Neste período, engravidou. O seu estado não foi capaz de inibir espancamentos e xingamentos.  “O medo da morte me fez ir até a Delegacia da Mulher e fazer a denúncia. Foi lá que eu soube do CRAMSV e resolvi conhecer o lugar. A sensação foi de acolhimento, desde o primeiro momento. Aqui, passei a entender sobre os tipos de violência que sofria, os meus direitos e como  fortalecer a minha autoestima”, afirmou.

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