terça-feira, 20 de junho de 2017

Ponto Crítico Arapiraca Noticias e Fatos : Por que sustentar a GREVE da Educação em Arapiraca?


O momento histórico atual é um período marcado por duros ataques em todos os níveis aos poucos direitos dos TRABALHADORES. Não se engane, a Reforma da Previdência não tem como objetivo garantir a manutenção do pagamento dos benefícios, como alardeiam seus defensores e muito menos a Reforma Trabalhista se interessa pela geração de emprego, tão defendida pelo governo Temer. Pelo contrário, ambas têm como norte fragilizar as leis que garantem o mínimo de direito aos TRABALHADORES. Como vem demostrando o cenário internacional, caracterizado por crises, os anos que virão aprofundará ainda mais os ataques aos direitos consentidos aos trabalhadores através de duras lutas.

Trabalhadores da Educação, não espere que os próximos anos tragam melhorias às nossas condições de trabalho! A terceirização a cada dia ganha mais espaço no cenário nacional. O Estado de Goiás já é o pioneiro no uso das OSs (Organizações Sociais). Em meados de 2016 o governo estadual aprovou as leis das OSs, lei que praticamente regulamenta a terceirização em nosso Estado em quase todos os níveis. E aos poucos tem terceirizado os serviços de vigilância nas escolas e logo logo será a profissão docente.

O Movimento Grevista da Educação Arapiraquense tem apenas vivenciado os reflexos dos ataques aos direitos dos trabalhadores. Não é à toa que a GREVE já dura mais de 40 dias e o que se observa é a enorme repulsa do governo Rogério Teófilo (PSDB) em negociar com a categoria. Por isso, neste momento, caracterizado por sucessivos ataques aos direitos dos trabalhadores em geral, e plenamente observados nos ataques feitos pelo governo de Rogério Teófilo na mídia, faz mais que necessário a união dos Trabalhadores da Educação para garantir o mínimo de Condições de Trabalho.

Estamos diante de uma INTENSA disputa política, que direciona para dois caminhos: a sustentação da GREVE e o retorno aos locais de trabalho. Há um terceiro caminho, seria um acordo entre governo e trabalhador, mas só ocorrerá com o fortalecimento do primeiro caminho. Vamos aos caminhos possíveis! O primeiro se for pautado na organização e disciplina dos trabalhadores poderá render frutos duradouros à categoria. Como dizia Thompson, "Consciência se adquire na luta." Trabalhadores da Educação organizados e disciplinados, principalmente, conscientes do seu papel histórico, poderão conduzir a luta por uma Educação de qualidade e democrática.

E o segundo? Primeiramente é sabido de todos que a AMA (Associação dos Municípios Alagoanos) há muito vem tentando estabelecer o piso do magistério como teto aos Trabalhadores. Além disso, vem tentando impor um PCC (Plano de Cargos e Carreiras) baseado em suas diretrizes, arrocho salarial e retirada de direitos. Portanto, o enfraquecimento do movimento grevista, com o retorno aos locais de trabalho, só tem como resultado o fortalecimento dessa organização e consequentemente, a curto e longo prazo, a derrocada da nossa categoria.

Desta forma, os caminhos que se vislumbram a nossa categoria são antagônicos. De um lado o fortalecimento da categoria e do outro o fortalecimento da AMA, junto com a derrocada dos Trabalhadores da Educação.

Neste momento ímpar, resta-nos escolhermos o nosso caminho. Eu já escolhi o meu! E você?

Fonte : Professor José Monteiro

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