O momento histórico atual é
um período marcado por duros ataques em todos os níveis aos poucos direitos dos
TRABALHADORES. Não se engane, a Reforma da Previdência não tem como objetivo
garantir a manutenção do pagamento dos benefícios, como alardeiam seus
defensores e muito menos a Reforma Trabalhista se interessa pela geração de
emprego, tão defendida pelo governo Temer. Pelo contrário, ambas têm como norte
fragilizar as leis que garantem o mínimo de direito aos TRABALHADORES. Como vem
demostrando o cenário internacional, caracterizado por crises, os anos que virão
aprofundará ainda mais os ataques aos direitos consentidos aos trabalhadores
através de duras lutas.
Trabalhadores da Educação, não espere que os próximos anos
tragam melhorias às nossas condições de trabalho! A terceirização a cada dia
ganha mais espaço no cenário nacional. O Estado de Goiás já é o pioneiro no uso
das OSs (Organizações Sociais). Em meados de 2016 o governo estadual aprovou as
leis das OSs, lei que praticamente regulamenta a terceirização em nosso Estado
em quase todos os níveis. E aos poucos tem terceirizado os serviços de
vigilância nas escolas e logo logo será a profissão docente.
O Movimento Grevista da Educação Arapiraquense tem apenas
vivenciado os reflexos dos ataques aos direitos dos trabalhadores. Não é à toa
que a GREVE já dura mais de 40 dias e o que se observa é a enorme repulsa do
governo Rogério Teófilo (PSDB) em negociar com a categoria. Por isso, neste
momento, caracterizado por sucessivos ataques aos direitos dos trabalhadores em
geral, e plenamente observados nos ataques feitos pelo governo de Rogério
Teófilo na mídia, faz mais que necessário a união dos Trabalhadores da Educação
para garantir o mínimo de Condições de Trabalho.
Estamos diante de uma INTENSA disputa política, que direciona
para dois caminhos: a sustentação da GREVE e o retorno aos locais de trabalho.
Há um terceiro caminho, seria um acordo entre governo e trabalhador, mas só
ocorrerá com o fortalecimento do primeiro caminho. Vamos aos caminhos
possíveis! O primeiro se for pautado na organização e disciplina dos
trabalhadores poderá render frutos duradouros à categoria. Como dizia Thompson,
"Consciência se adquire na luta." Trabalhadores da Educação
organizados e disciplinados, principalmente, conscientes do seu papel
histórico, poderão conduzir a luta por uma Educação de qualidade e democrática.
E o segundo? Primeiramente é sabido de todos que a AMA
(Associação dos Municípios Alagoanos) há muito vem tentando estabelecer o piso
do magistério como teto aos Trabalhadores. Além disso, vem tentando impor um
PCC (Plano de Cargos e Carreiras) baseado em suas diretrizes, arrocho salarial
e retirada de direitos. Portanto, o enfraquecimento do movimento grevista, com
o retorno aos locais de trabalho, só tem como resultado o fortalecimento dessa
organização e consequentemente, a curto e longo prazo, a derrocada da nossa
categoria.
Desta forma, os caminhos que se vislumbram a nossa categoria são
antagônicos. De um lado o fortalecimento da categoria e do outro o
fortalecimento da AMA, junto com a derrocada dos Trabalhadores da Educação.
Fonte : Professor José Monteiro
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